20.3.05

Viagem à Namíbia (XII)

Safari - Dia 3
Todo o dia no Parque Etosha
Acampamento no Etosha National Park –
Okaukuejo.


Levantamo-me às 5:00 da manhã para tomar duche, uma vez que o da noite de pouco serviu porque deito-me em saco-cama mal cheiroso. Depois de um chá com biscoitos secos partimos às 6 horas para um primeiro game drive. Os animais aparecem em maior quantidade por esta altura do dia, pois evitam as horas de muito sol.

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O habitual é os guias levarem-nos até às nascentes ou pequenos charcos, uns naturais outros artificiais, para aí vermos os animais a beber mas, como tem chovido nos últimos dias, a água abunda um pouco por todo o lado, a erva começa a despontar, e estes locais já não são tão procurados, contudo ainda temos a oportunidade de ver leões, zebras, muitas zebras a atravessarem a estrada sem se perturbarem com os veículos que por ali passam, cudus, avestruzes, girafas, gnus, antílopes sul-africanos, gazelas e muitas aves. Não é permitido sair dos veículos mas, dado que a maioria possui tejadilho móvel, podemos observar sem dificuldade os animais. Apontamos os binóculos, as máquinas fotográficas e de filmar e disparamos quase ininterruptamente.

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O número de jipes, autocarros e carrinhas começa a aumentar, aproximamo-nos, deve haver caça grossa por perto – é um leão que ronda, mais ao longe, por detrás de uns arbustos, aparece outro, aquele é enorme, adulto, marca o seu território. Mudamos de ponto de observação, avançamos uns quilómetros, não podemos sair do veículo mas há quem se aventure a ir sentado em cima da capota, o nosso motorista e guia pega na máquina fotográfica e tira uma fotografia, vai mandá-la para o Ministério do Turismo, há que zelar pelo parque, pelo desenvolvimento sustentável, pelo sustento do país. Apercebemo-nos rapidamente que andamos todos atrás dos mesmos animais e há que lhes dar liberdade, não os cercar muito.

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Regressamos ao acampamento, tomamos um pequeno-almoço britânico com ovos mexidos e bacon, desmontamos as tendas, guardamos tudo no autocarro e prosseguimos o nosso game drive pelo parque.

O Parque Etosha é um dos melhores locais do mundo para observar animais em estado selvagem. Etosha significa “Grande local branco com água seca”, nome que deriva da vasta área plana branco-esverdeada que possui, por ser salgada. Seriam necessários 17 dias para a atravessar a pé, e vários litros de água. Este parque possui mais de 20 000 km2, alberga 114 espécies de mamíferos, 340 espécies de aves, 16 répteis e anfíbios, uma espécie de peixes e inúmero insectos.

Paramos para almoçarmos no parque de campismo Halali e de seguida prosseguimos na caça fotográfica aos animais. Avisam-nos que um pouco mais à frente foram vistos jovens leões, dirigimo-nos para lá e encontramo-los relaxados, deitados no capim a aguardar a grande chuvada que se anuncia por uma fabulosa nuvem negra no horizonte. Burger, o guia, regozija, dar gargalhadas, agradece a Deus, a chuva está aí, é a vida em pleno. As gazelas, às centenas, aproximam-se aos saltos pela savana, têm um poder de propulsão enorme, estão felizes com a chuva, com a comida fresca que começa a despontar.

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Chegamos ao fim da tarde a Okaukuejo, outro excelente e enorme parque de campismo com lojas, restaurante, bar, piscina, balneários e cozinha. Está praticamente cheio, conseguimos lugar no fim do parque junto ao water hole, local fantástico, iluminado, para que possamos ver os animais que se aproximam de noite.

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Montamos as tendas à pressa, pois nova chuvada se aproxima, visitamos o parque, tentamos carregar as máquinas fotográficas e os telemóveis.

Josh e Randy preparam-nos o jantar numa hora – acendem a fogueira com a lenha que é também transportada no autocarro, colocam a grelha por cima, os tachos, a chaleira para o chá ou café, temperam a olho com a muito variada quantidade de temperos que trazem. As quantidades da comida são também bem medidas, não falta nem sobra e se falta são eles os últimos a comer. Esta noite preparam-nos strogonoff com arroz e legumes. Enquanto uns vão à cozinha lavar a louça, outros aproximam-se do water hole à espera dos animais que possam aparecer, talvez um elefante nos venha visitar. Eu e a Cris perdemo-nos no regresso ao nosso local de acampamento e temos uma boa doze de gargalhadas, que nos faz um excelente bem ao ego. Acabamos por seguir uma das inglesas que transporta parte da louça do jantar. Procuramos o “buraco de água”, por entre o capim, sentamo-nos num banco mas só vemos aparecer uns lagartos. É hora de voltar à tenda e dormir até de madrugada.

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