24.12.05

Festas em Paz

A todos os que nos visitam desejo um Santo e Feliz Natal. Que a Paz esteja sempre nas vossas almas.

18.12.05

a sinalização

Há locais que aguardam a sinalização...

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... e há outros que já a tem, bem encostadinha ao muro para não incomodar os transeuntes e para não se fazer notar ...

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14.12.05

Para a Luísa

para saudar o regresso: um poema do nosso querido Júdice

REFÚGIO

Abrigou-se da vida na devastação da sombra.
Então, a idade incerta da mulher que oculta o rosto
surgiu-lhe com a evidência da eternidade.
Procurava uma resposta; e mesmo aquilo que era real
e podia confortá-lo numa certeza
adquiria um aspecto equívoco. Nada sabia de si próprio
- concluiu. Mas que importa isso? O conhecimento
essencial é o dos outros, o daqueles a quem nos liga
o amor, o ódio, ou apenas a indiferença - esses
cuja presença nos confirma sobre nós,
dando-nos algo de uma existência que não exigimos.
No entanto, se é assim, pensou, para que serve
a incógnita celeste, o azul e a treva que alternam
na memória da infância, uma imagem de perfeição
que o canto da ave interrompe, por instantes,
apenas para que o silêncio se torne mais profundo
- essencial! Após o que, levantando-se,
fechou a janela. O universo cansava-o de si próprio...

8.12.05

Algumas das prometidas imagens ...

... acabadas de tirar

Há expositores de variados estilos e suportes, na Praça Vellha,

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no Alto das Covas,

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na Rua da Esperança.

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Estes modelos até têm outras utilidades:

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Há cidades que possuem deste género ...

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... mas é só porque os responsáveis nunca estiveram em Angra.

2.12.05

terceiromundismo nas ruas e praças de Angra

o lixo
as paragens dos autocarros sem horários
os expositores ad hoc na Praça Velha e Alto das Covas
a publicidade a eventos que ocorreram há 6 meses em cartazes rotos e debutados
os abrigos para os passageiros de transportes públicos: inexistentes ou semi-partidos e sujos
a sinalética de locais de interesse turístico ou de informação geral: escondida ou inexistente

e há mais, muito mais ... prometo trazer-vos as fotos e aceitam-se denúncias.

20.9.05

leite para gato

1/2 l de água
1/2 l de leite de vaca
1 gema de ovo
1 colher de sopa de açúcar
1 pitadinha de sal
1 colher de chá de manteiga

Misturam-se todos os ingredientes com a varinha mágica e serve-se morno.

Nota: Brooklyn e Bronx não sobreviveram mas não foi por falta de leite. A mãe (sem adjectivar) abandonou-os à nascença.

1.9.05

Em Belas Artes

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Sem Título e Bastante Breve


Tenho o olhar preso aos ângulos escuros da casa

tento descobrir um cruzar de linhas misteriosas, e
com elas quero construir um templo em forma de ilha
ou de mãos disponíveis para o amor...

na verdade, estou derrubado
sobre a mesa em fórmica suja duma taberna verde,
não sei onde
procuro as aves recolhidas na tontura da noite
embriagado entrelaço os dedos
possuo os insectos duros como unhas dilacerando
os rostos brancos das casas abandonadas, à beira mar...

dizem que ao possuir tudo isto
poderia ter sido um homem feliz, que tem por defeito
interrogar-se acerca da melancolia das mãos...
...esta memória lamina incansável

um cigarro
outro cigarro vai certamente acalmar-me
...que sei eu sobre as tempestades do sangue?
E da água?
no fundo, só amo o lodo escondido das ilhas...

amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão


Al Berto

30.8.05

INCÊNDIO

se conseguires entrar em casa e
alguém estiver em fogo na tua cama
e a sombra duma cidade surgir na cera do soalho
e do tecto cair uma chuva brilhante
contínua e miudinha - não te assustes

são os teus antepassados que por um momento
se levantaram da inércia dos séculos e vêm
visitar-te

diz-lhes que vives junto ao mar onde
zarpam navios carregados com medos
do fim do mundo - diz-lhes que se consumiu
a morada de uma vida inteira e pede-lhes
para murmurarem uma última canção para os olhos
e adormece sem lágrimas - com eles no chão

AL BERTO (1948-1997)
O Medo

18.8.05

De regresso

Ia começar por escrever que estou de regresso a casa, mas, apesar de ter estado ausente da ilha durante 3 semanas, nunca me senti fora de casa, pelo contrário. O difícil foi regressar.

Proponho-vos a partir de hoje e por um período ainda não definido uma viagem pelas gentes e lugares por onde passei. Não vos direi onde foi feita a foto, aceitam-se palpites.

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7.8.05

Mensagem

Caros colegatos, estou de férias ha duas semanas e é a primeira vez que tenho acesso a um computador e estranho verificar que nao colocaram um unico post. Se tivesse disponibilidade falava-vos da viagem mas ha mais um museu, uma rua, uma feira, uma novidade, que me espera.
Eu estou optima e a adorar. Vemo-nos a meados de Agosto.
Um abraco.

23.7.05

Duende

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Meu duende real que não és meu,
meu chão silencioso e verdadeiro,
por ti tenho sentido não ser mais
o vago sonho humano que antes fui.
Por um gesto que fiz ou que não fiz,
pela palava errada que gritei
ou pelo verso tosco que escrevi,
logo o rigor dos infernos me persegue;
noites desertas, onde os astros passam
na redoma calada dos espaços
e traçam uma falsa astrologia;
ferozes dentes nus, que despedaçam
as imagens doiradas que antes quis;
restos de luz, restos de sombras, nada...

António Franco Alexandre (1944)

15.7.05

Música da alma

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Um espectáculo para sempre - ontem, no Auditório do Ramo Grande, Praia da Vitória, o Quarteto Borodin
com Valentin Berlinsky, no violoncelo - o octogenário que já toca há 55 anos neste fantástico quarteto.

6.7.05

Metal rosicler

Cada palavra uma folha
no lugar certo.

Uma flor de vez em quando
no ramo aberto.

Um pássaro parecia
pousado e perto.

Mas não: que ia e vinha o verso
pelo universo.

CECÍLIA MEIRELES in Antologia Poética

5.7.05

TANTO SILÊNCIO

Para cá de mim e para lá de mim, antes e depois.
E entre mim eu, isto é, palavras,
formas indecisas
procurando um eixo que
lhes dê peso, um sentido capaz de conter
a sua inocência
uma voz (uma palavra) a que se prender
antes de se despedaçarem
contra tanto silêncio.
São elas, as tuas palavras, quem diz «eu»;
se tiveres ouvidos suficientemente privados
podes escutar o seu coração
pulsando sob a palavra da tua existência,
entre o para cá de ti e o para lá de ti.
Tu és aquilo que as tuas palavras ouvem,
ouves o teu coração (as tuas palavras «o teu coração»)?

Manuel António Pina (1943)
in Os Livros

3.7.05

SONETO AMOROSO

Dar sempre chama, sem me desfazer;
após sempre chorar, não me acabar;
após tanto correr, não me cansar;
e após sempre viver, jamais morrer;

depois do mal jamais me arrepender;
de tanto engano, não me desenganar;
depois de tanta dor, não me alegrar;
nunca me rir, após tanto sofrer;

em tantos labirintos, não perder-me,
nem após tanto olvido, ter lembrado
- que fim alegre pode prometer-me?

Antes morto estarei que escarmentado:
já não penso tratar de defender-me,
se não ser deveras desgraçado.

Francisco de Quevedo (1580-1645)
Antologia Poética
(tradução de José Bento)

21.6.05

Enviei-te um postal

Enviei-te um postal com umas fotos esbatidas.

São fotos de barcos com proas multicores e desenhos de figuras míticas, de gatos cinzentos listrados, de portas com aldrabas em latão, de varandas e balcões barrocos, de autocarros com dois tons de laranja e bordadeiras de rendas de bilros.

As cores do postal já foram intensas e vivas e o cartão já foi branco, mas com o passar do tempo tornou-se amarelo e desbotado.

Poderia ter escolhido um outro postal, limpo, asseado, imaculado, mas quis este e perceberás porquê.

Escrevi o teu endereço no canto inferior direito e guardei-o.

No dia seguinte voltei a pegar-lhe para te transmitir as minhas impressões da ilha. Tive de ser sucinta, correcta na escolha das palavras para em poucas linhas resumir o que sinto. Assinei-o e procurei a estação dos correios mais próxima para o enviar. Venderam-me um selo com uma louva-a-deus desenhada sobre fundo verde. Colei-o e coloquei o postal no marco do correio vermelho que se encontrava na própria estação.

Já deves ter recebido o postal que te enviei, enrugado e amachucado pelas diversas mãos por que passou para chegar até ti e pelo tempo que esteve ao relento no expositor da loja onde o comprei.

Enviei-te um postal desbotado e triste mas achei que só poderia ser aquele por ter sido desprezado por todos os outros turistas. Eu sei que tu entendes estas coisas.

Tive alguma dificuldade em encontrar as palavras que melhor descrevem estas férias e agora, sentada numa mesa de café junto à baía, com um livro sobre os joelhos, os cadernos na mesa, um sumo por beber e os turistas que circulam ininterruptamente, concluo que bastaria ter escrito que gostaria muito que estivesses aqui.

2.6.05

Um "saha" de Malta

Usa-se "saha" para se desejar bem-estar e dizer adeus em maltes (problemas com o teclado ...), portanto considerem isto um voto de bem-estar e um adeus por uns dias.
Nao vos queria magoar, mas parece que tem havido muita malandrice por esses lados do Atlantico, ou tambem meteram ferias?

26.5.05

Vemo-nos a 6 de Junho.

Malta espera-me, mas se tiverem saudades visitem este sítio: Visit Malta

Viagem à Namíbia (XVIII)

O último dia

A última noite em Windhoek foi novamente no Chameleon Backpackers. Outros turistas tinham acabado de chegar e o círculo voltava ao seu início.

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Arrumo os sacos, deixo-os na recepção e sigo para a cidade para tentar fazer as compras de Natal. Desde há alguns anos que tenho optado por esta modalidade – quando vou de férias próximo do fim do ano trago as prendas de Natal, não são muitas, a família é reduzida e eu não alinho pelo consumismo – os familiares são presententeados com algumas peças exóticas e eu não me envolvo nas confusões das compras em período pré-natalício.

Vamos até ao aeroporto no táxi que nos transportou a Dan Vijlion, despachamos os sacos no balcão da TAAG, dirigimo-nos à sala de embarque, procuramos um restaurante, dado que a hora do almoço se aproxima mas deparamos unicamente com um pequeno bar e uma loja. Contentamo-nos com umas bebidas e uns chocolocates do free shop. Compro um livro sobre a Namíbia, tiro as últimas fotos e vamos para bordo.

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Apesar dos lugares virem marcados no bilhete, dentro do avião não se respeitam estas indicações, o que gera alguma confusão e, tal como dizem os brasileiros, caímos na real – a Namíbia não existe ou então é uma enorme excepção para confirmar a regra de África.

Ainda fico 3 dias em Luanda, mas essa é outra história e ficará para outra oportunidade.


Anotações pós-viagem

O saco levado na viagem não foi a melhor a opção. Todas as indicações dos operadores de safaris iam nesse sentido – saco com tamanho limite até 90 cm x 4 cm e 15 kg, não usar mala dura e nunca se referiram a mochila. Optei por um saco com duas alças, que à partida do aeroporto das Lajes tinha 15 kg mas que regressou com 23 kg. Para além do peso, o tamanho não facilita a sua deslocação. As rodas fizeram falta, portanto, da próxima vez levo mochila ou saco mais pequeno com rodas.

A preocupação em nos atafulharmos com medicamentos e roupa também não se justificou. Na Namíbia há de tudo como em qualquer outro país desenvolvido. O único obstáculo seria o facto de estarmos em locais pouco povoados mas não seria necessário levar tanta quantidade. Também não seria necessário levar tanta roupa, pois em países quentes é possível lavar e ficar seco no dia seguinte.

Um saco-cama teria dado jeito para não termos que dormir com sacas a cheirar a outros.

A melhor altura para ver animais é em Junho porque eles rondam os charcos existentes e só temos de os procurar lá, contudo as noites são muito frias nessa altura do ano. Setembro e Outubro são, portanto, os meses mais indicados para quem procura dias e noites quentes. O calor atinge o seu auge em Janeiro mas é também a altura em que chove mais.

As estradas namibianas estão repletas de locais de descanso para o viajante. A 1 km de distância o sinal de trânsito, onde está desenhado uma árvore, uma mesa e dois bancos, anuncia a presença desse local. Percorrida essa distância lá encontramos a árvore para nos proporcionar a sombra, a mesa e os bancos feitos em cimento e um caixote de lixo, normalmente feito a partir de um bidão preso numa estrutura. Todos muito pintados e limpos.

Em vários estabelecimentos comercias deparei com a indicação escrita à entrada de que era reservado o direito de admissão. Resquícios de apartheid? Não gostaria de pensar assim, contudo também não é fácil pensar de outro modo. Confirmam-me que estou certa, mas mais dissuador do que estes anúncios é o próprio hábito dos pretos em não frequentarem determinados sítios a que não foram habituados por lhes ser interdito anteriormente. Uma outra forte razão é o poder de compra reduzido da maioria dos nabimianos para adquirirem produtos de luxo ou de marcas.

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22.5.05

Viagem à Namíbia (XVII)

Safari - Dia 7 - Swakopmund
Aprox
. 5hrs (350 km)
Regresso a Windhoek

Esta manhã não temos actividades programadas, ocupamo-la consoante os nossos interesses e são muitas as propostas das empresas turísticas – esquiar na areia, fazer pára-quedismo acompanhado, voar pelo deserto e costa dos esqueletos, ou simplesmente andar pela cidade. Opto por uma viagem de avião que me leva até mais ao sul (Sossusvlei), onde poderei apreciar as dunas mais altas do mundo.

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A empresa Bush Bird – adventure flights & safaris vem buscar-nos logo de manhã ao chalé, após o pequeno-almoço, e leva-nos até ao aeroporto. Somos 5 e contamos com umas horas inesquecíveis. Pagamos a viagem junto ao balcão e dirigimo-nos à pista - o avião é pequeno, muito pequeno mesmo. Guardamos as mochilas na “bagageira”, equipamo-nos com os auscultadores para podermos ouvir o piloto e levantamos voo. O Wolf senta-se à frente ao lado do piloto, eu vou ao meio com a Cris e a Anette e a Julia seguem no banco de trás.

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O percurso é feito para sul ao longo do rio Kuiseb, seco na maior parte do ano, mas com muita vegetação junto às margens, o que denuncia a existência de água suficiente para manter o contraste da paisagem entre o verde e a areia avermelhada. Depois entramos na área de Sossusvlei com as dunas esculpidas pelo vento, de uma beleza rara. Estas atingem os 350 m e são as mais altas do mundo. De seguida passamos sobre antigos campos de extracção de diamantes com as casas abandonadas, ruínas expostas ao vento e equipamento a enferrujar espalhado por uma vasta zona.

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Viramos para Noroeste, entre terra e mar, e podemos novamente observar os restos de navios naufragados; a baía Sandwich, um local privilegiado de visita de mais de 145 000 espécies de pássaros no Verão, devido à existência uma zona húmida; as salinas, na baía Walvis, onde se produz mais de 400 000 toneladas de sal por ano; a cidade de Walvis Bay e novamente Swakopmund.

Menciono todos estes lugares porque sigo o folheto distribuído pela empresa, pois não tive grande oportunidade de apreciar e gozar a paisagem. Lá de vez em quando abria um olho, fazia um esforço enorme para elevar o braço e tirar uma fotografia, mas na verdade foi um alívio aterrar depois de 2 horas no ar. Problemas com o meu ouvido interno transtornaram-me o voo de tal maneira que todo o pequeno-almoço veio cá para fora e já não havia sacos de plástico e lenços de papel a bordo que aguentassem com tamanho abastecimento. Atribulações de quem foi abastecida com comprimidos para enjoo mas que não se lembrou de que iria precisar deles naquele voo inesquecível.

Regressamos à cidade, lancho rapidamente umas torradas com chá e apresso-me para o autocarro para aquele que será o último troço de um safari fantástico.

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Paramos já um pouco tarde para o almoço junto a uma mercearia de província que vende de tudo, montamos pela última vez a cozinha, compro algumas prendas e seguimos via Okahandja, onde já tínhamos parado no início da viagem. Procuro o jovem angolano, a quem tinha prometido adquirir algum artesanato – não está fácil encontrá-lo, pergunto por um angolano e aparecem-me vários, todos querem fazer negócio, mas finalmente lá está ele ao fundo da tenda. Compro-lhe 2 colares para as sobrinhas e 3 malgas em madeira feitas pelo tio.

Chegamos à capital ao fim do dia, somos distribuídos pelos respectivos alojamentos e vamo-nos despedindo aos poucos. Gostámos de conviver durante uma semana e ainda programamos um jantar juntos no Roof of Africa. Não vêm todos mas somos ainda um grupo de cerca de 12 pessoas que acabam a noite no local mais turístico de Windhoek – Joe’s Beer House – um enorme complexo de restauração e bar com muitas esplanadas espalhadas pelo jardim, com uma decoração rústica e um ambiente fantástico. As mesas estão todas cheias e são às dezenas e só presenciei um mulato sentado. É essencialmente um local para turistas e comunidade branca na Namíbia.

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Do grupo do safari, uns seguem ainda para Sul para novo safari de 7 dias, outros regressam amanhã a casa, há ainda os dois casais canadianos que vão para a África do Sul e as duas amigas que vivem em Londres e que continuam viagem pelo mundo durante 3 meses. Todos eles eram fantásticos e para além das fotos e da memória ficam os nomes que se conseguiram fixar: a sueca Anette que vive em Greenwich Village, Londres, há 15 anos, para onde veio estudar inglês e ficou; a amiga Sophie, filha de mãe suíça francófona e certamente pai inglês, pois é inglesa; o enorme sueco que estudou na Alemanha e um dos pais é alemão, tendo lá feito a tropa, estudou matemática e computadores; o polaco (de passaporte) Wolfgang, que trouxe mais de 45 rolo de fotografias e que é tradutor para alemão; a alemã Júlia, que tem um primo piloto na Namíbia, a quem veio visitar, e que reside em Hamburgo e está ligada a fotografia ou cinema; a britânica de Gales, Sarah, que faz investigação na área de biologia marinha; o Charles sul-africano, neto de irlandês, francês, alemão e holandês; o canadiano Donald e a sua mulher Carol; a inglesa Hillary; o inglês Steve; a espanhola Joshua e os outros de quem guardo memória mas não fixei o nome.

21.5.05

E o mistério era ...

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... no forte de S. Mateus, com histórias de corsários e piratas ...

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... comida e gente com apetite ...

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... fadistas e contadores de histórias ...

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... e uns anfitriões que souberam preparar-nos uma noite inesquecível.

17.5.05

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Os cavalheiros que acompanharam a Luísa na mesa

16.5.05

Lançamento de Outros Frutos

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O público presente no Salão Nobre do Palacete Silveira e Paulo, em Angra do Heroísmo, na noite do dia 14 de Maio, deste ano da graça de 2005.



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E os livros ali disponíveis foram todos vendidos e autografados pela autora. Aos potenciais interessados aconselhamos que se dirijam às livrarias de Angra ou que nos remetam um mail.

Viagem à Namíbia (XVI)

Safari - Dia 6
Aprox
. 6hrs (380 km)
Alojamento em Swakopmund – Chalet. Jantar por conta própria

Levantamo-nos com o nascer do sol, desmontamos as tendas pela última vez nesta viagem, arrumamos todo o equipamento no autocarro e atrelado da carrinha e seguimos viagem. O pequeno-almoço será tomado no caminho. Valem-nos as bolachas compradas ontem, a água mantida fresca na arca frigorífica e a fruta.

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A luz do início do dia é fantástica para fotografar com o céu azul brilhante, os calhaus enormíssimos a contrastar com a planura do deserto e a fraca vegetação. Paramos para fotografar, recolher algumas pedras da grande variedade de rochas existentes e observar as Welwitschia mirabilis, uma curiosa espécie botânica que existe só na parte norte do Deserto do Namib.

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É uma espécie adaptada ao deserto, sobrevivendo com muito pouca água – apesar das raízes atingirem cerca de 3 m, é através da captação da humidade existente na atmosfera que a planta se rega. É uma espécie com crescimento lento que necessita cerca de 20 anos para atingir o tamanho adulto e dar flor, possui 2 folhas que podem atingir os 2 metros e algumas já têm 2000 anos, contudo a maioria das existentes neste local aproxima-se dos 1000 anos.

Sentimos o deserto cada vez mais intenso à medida que avançamos na direcção da Costa dos Esqueletos, a areia torna-se mais clara e fina, a vegetação mais escassa e por fim o mar, finalmente o mar e a montagem da cozinha para um pequeno-almoço muito desejado – um brunch a meio da manhã, reforçado com lapas à entrada. Apanho-as, enormes, mas só um viajante é que as quer partilhar comigo. Não é hábito comerem-nas por estes lados.

A ocorrência de muitas tempestades têm, ao longo dos séculos, arrastado navios para terra, transformado-os em esqueletos semi-enterrados na areia, daí o nome de Costa dos Esqueletos.

Seguimos ao longo da costa, que bom este cheiro a mar, que falta que faz a um ilhéu este roído das ondas, esta aragem, este cheiro intenso a maresia.

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Mais a sul, o Cabo da Cruz, com uma colónia de milhares de focas e as suas crias, recém-nascidas ou prestes a nascer. O cheiro é nauseabundo mas as pessoas não conseguem arredar pé atraídas pela ar simpático e bonacheirão destes leões marinhos.

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O Cabo da Cruz é o local onde os europeus chegaram pela primeira vez à Namíbia – Diogo Cão, navegador português, em 1485. Ali colocaram um padrão com 2 m de altura e 360 kg de peso, em honra do rei D. João II com a inscrição: “Cabo da Cruz. Na era da criação do mundo de 6685 e de Cristo de 1485 o excelente e esclarecido Rei Dom João II de Portugal mandou descobrir esta terra e colocar este padrão por Diogo Cão, cavaleiro de sua casa.”

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Continuamos em direcção ao sul, junto ao mar. Em breve chegaremos a Swakopmund, o mais popular destino de férias dos Namibianos e Sul-africanos, com um clima ameno e excelentes praias, mas sem que antes não deixemos de apreciar os flamingos e andemos a na prospecção de pedrinhas semi-preciosas, autênticos garimpeiros das praias da Namíbia.

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Chegamos à cidade, distribuem-nos por chalés de 5 camas cada e pela primeira vez em 6 dias vamos dormir numa cama e jantar num restaurante.