3.4.05

Viagem à Namíbia (XIII)

Safari - Dia 4 (1)
Aprox. 4,6hrs (270 km)
Acampamento no parque da comunidade
Ova-Himba

Levanto-me novamente às 05:00 antes do sol nascer para um duche fresco. O Burger ficou de nos acordar pelas 05:30, mas já estamos praticamente todos de pé. Tomamos um chá quente (desta vez não há biscoitos) e às 06:30 seguimos para o nosso game drive. Se queremos ver animais terá de ser de manhã cedo, mas com as chuvadas recentes não se encontram muitos. Parece que nesta minha primeira vinda a África não vou poder ver de perto os Big Five – elefante, hipopótamo, rinoceronte, leão e leopardo. Abundam as aves, entre as quais as enormes avestruzes, as gazelas, as girafas e os chacais.

Image hosted by Photobucket.com
avestruzes

Uma zebra foi atacada e agora serve de alimento aos chacais, são cerca de 3, que enquanto não se sentirem satisfeitos não permitem que os abutres avancem. Estes espreitam, ansiosos e logo que eles se afastam atacam em todas as frentes, ansiosos, esfomeados, desesperados.

Image hosted by Photobucket.com
abutres banqueteiam-se de zebra

Nunca a expressão comer como os abutres fez tanto sentido. Quando voltamos a passar pelo local temos a oportunidade de ver uma hiena que também procura alimento. Esta esconde-se de nós, é demasiado envergonhada, dizem-nos.

Image hosted by Photobucket.com
hiena envergonhada

Passadas 2 horas estamos de volta ao acampamento, tomamos o pequeno-almoço, desmontamos as tendas e seguimos viagem.

Image hosted by Photobucket.com
aldeia onde nos abastecemos


Abastecemos um pouco adiante e dirigimo-nos à aldeia Himba, onde vamos passar a noite. O dia está quente, muito quente mesmo, aproveitamos para comprar água e colocamo-la na arca frigorífica do autocarro. A aldeia está localizada numa enorme propriedade privada pertencente ao pai do actual chefe da aldeia, Jaco, um jovem branco.

Para lá chegarmos temos de seguir por um longo caminho de terra batida, abrir e fechar cancelas que limitam o gado vacum até ao parque de campismo instalado numa zona privilegiada rodeada de enormes pedras de granito. Logo que saímos do autocarro os viajantes procuram o local mais indicado para montarem a tenda – debaixo de uma árvore, atrás de uma rocha. Pouco habituadas ao calor intenso de África, não ligamos a estes pormenores e o espaço que nos resta não tem nenhuma sombra que nos proteja. A sombra da própria tenda proteger-nos-á nos próximos minutos, nem que tenhamos que andar à volta a fugir dos raios solares.

Image hosted by Photobucket.com
parque de campismo Ova-Himba

Montam-se as tendas, estendem-se os colchões à sombra, os homens retiram as T-shirts, abrem-se as cervejas e relaxa-se - parecemos um grupo de pequeno-burgueses em hotel de 4 estrelas na esplanada a meio da tarde. Aproveitamos para lavar alguma roupa, que com o calor intenso que se faz sentir secará rapidamente.

Dentro de uma hora, Jaco virá buscar-nos para passarmos a tarde a visitar a aldeia. O momento de encontro com os semi-nómados Himbas está para breve. Pressente-se no ar algo de novo e extraordinário.

Sem comentários: