Safari - Dia 7 - Swakopmund
Aprox. 5hrs (350 km)
Regresso a Windhoek
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A empresa Bush Bird – adventure flights & safaris vem buscar-nos logo de manhã ao chalé, após o pequeno-almoço, e leva-nos até ao aeroporto. Somos 5 e contamos com umas horas inesquecíveis. Pagamos a viagem junto ao balcão e dirigimo-nos à pista - o avião é pequeno, muito pequeno mesmo. Guardamos as mochilas na “bagageira”, equipamo-nos com os auscultadores para podermos ouvir o piloto e levantamos voo. O Wolf senta-se à frente ao lado do piloto, eu vou ao meio com a Cris e a Anette e a Julia seguem no banco de trás.
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O percurso é feito para sul ao longo do rio Kuiseb, seco na maior parte do ano, mas com muita vegetação junto às margens, o que denuncia a existência de água suficiente para manter o contraste da paisagem entre o verde e a areia avermelhada. Depois entramos na área de Sossusvlei com as dunas esculpidas pelo vento, de uma beleza rara. Estas atingem os 350 m e são as mais altas do mundo. De seguida passamos sobre antigos campos de extracção de diamantes com as casas abandonadas, ruínas expostas ao vento e equipamento a enferrujar espalhado por uma vasta zona.
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Viramos para Noroeste, entre terra e mar, e podemos novamente observar os restos de navios naufragados; a baía Sandwich, um local privilegiado de visita de mais de 145 000 espécies de pássaros no Verão, devido à existência uma zona húmida; as salinas, na baía Walvis, onde se produz mais de 400 000 toneladas de sal por ano; a cidade de Walvis Bay e novamente Swakopmund.
Menciono todos estes lugares porque sigo o folheto distribuído pela empresa, pois não tive grande oportunidade de apreciar e gozar a paisagem. Lá de vez em quando abria um olho, fazia um esforço enorme para elevar o braço e tirar uma fotografia, mas na verdade foi um alívio aterrar depois de 2 horas no ar. Problemas com o meu ouvido interno transtornaram-me o voo de tal maneira que todo o pequeno-almoço veio cá para fora e já não havia sacos de plástico e lenços de papel a bordo que aguentassem com tamanho abastecimento. Atribulações de quem foi abastecida com comprimidos para enjoo mas que não se lembrou de que iria precisar deles naquele voo inesquecível.
Regressamos à cidade, lancho rapidamente umas torradas com chá e apresso-me para o autocarro para aquele que será o último troço de um safari fantástico.
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Paramos já um pouco tarde para o almoço junto a uma mercearia de província que vende de tudo, montamos pela última vez a cozinha, compro algumas prendas e seguimos via Okahandja, onde já tínhamos parado no início da viagem. Procuro o jovem angolano, a quem tinha prometido adquirir algum artesanato – não está fácil encontrá-lo, pergunto por um angolano e aparecem-me vários, todos querem fazer negócio, mas finalmente lá está ele ao fundo da tenda. Compro-lhe 2 colares para as sobrinhas e 3 malgas em madeira feitas pelo tio.
Chegamos à capital ao fim do dia, somos distribuídos pelos respectivos alojamentos e vamo-nos despedindo aos poucos. Gostámos de conviver durante uma semana e ainda programamos um jantar juntos no Roof of Africa. Não vêm todos mas somos ainda um grupo de cerca de 12 pessoas que acabam a noite no local mais turístico de Windhoek – Joe’s Beer House – um enorme complexo de restauração e bar com muitas esplanadas espalhadas pelo jardim, com uma decoração rústica e um ambiente fantástico. As mesas estão todas cheias e são às dezenas e só presenciei um mulato sentado. É essencialmente um local para turistas e comunidade branca na Namíbia.
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Do grupo do safari, uns seguem ainda para Sul para novo safari de 7 dias, outros regressam amanhã a casa, há ainda os dois casais canadianos que vão para a África do Sul e as duas amigas que vivem em Londres e que continuam viagem pelo mundo durante 3 meses. Todos eles eram fantásticos e para além das fotos e da memória ficam os nomes que se conseguiram fixar: a sueca Anette que vive em Greenwich Village, Londres, há 15 anos, para onde veio estudar inglês e ficou; a amiga Sophie, filha de mãe suíça francófona e certamente pai inglês, pois é inglesa; o enorme sueco que estudou na Alemanha e um dos pais é alemão, tendo lá feito a tropa, estudou matemática e computadores; o polaco (de passaporte) Wolfgang, que trouxe mais de 45 rolo de fotografias e que é tradutor para alemão; a alemã Júlia, que tem um primo piloto na Namíbia, a quem veio visitar, e que reside em Hamburgo e está ligada a fotografia ou cinema; a britânica de Gales, Sarah, que faz investigação na área de biologia marinha; o Charles sul-africano, neto de irlandês, francês, alemão e holandês; o canadiano Donald e a sua mulher Carol; a inglesa Hillary; o inglês Steve; a espanhola Joshua e os outros de quem guardo memória mas não fixei o nome.
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