16.5.05

Viagem à Namíbia (XVI)

Safari - Dia 6
Aprox
. 6hrs (380 km)
Alojamento em Swakopmund – Chalet. Jantar por conta própria

Levantamo-nos com o nascer do sol, desmontamos as tendas pela última vez nesta viagem, arrumamos todo o equipamento no autocarro e atrelado da carrinha e seguimos viagem. O pequeno-almoço será tomado no caminho. Valem-nos as bolachas compradas ontem, a água mantida fresca na arca frigorífica e a fruta.

Image hosted by Photobucket.com

A luz do início do dia é fantástica para fotografar com o céu azul brilhante, os calhaus enormíssimos a contrastar com a planura do deserto e a fraca vegetação. Paramos para fotografar, recolher algumas pedras da grande variedade de rochas existentes e observar as Welwitschia mirabilis, uma curiosa espécie botânica que existe só na parte norte do Deserto do Namib.

Image hosted by Photobucket.com

É uma espécie adaptada ao deserto, sobrevivendo com muito pouca água – apesar das raízes atingirem cerca de 3 m, é através da captação da humidade existente na atmosfera que a planta se rega. É uma espécie com crescimento lento que necessita cerca de 20 anos para atingir o tamanho adulto e dar flor, possui 2 folhas que podem atingir os 2 metros e algumas já têm 2000 anos, contudo a maioria das existentes neste local aproxima-se dos 1000 anos.

Sentimos o deserto cada vez mais intenso à medida que avançamos na direcção da Costa dos Esqueletos, a areia torna-se mais clara e fina, a vegetação mais escassa e por fim o mar, finalmente o mar e a montagem da cozinha para um pequeno-almoço muito desejado – um brunch a meio da manhã, reforçado com lapas à entrada. Apanho-as, enormes, mas só um viajante é que as quer partilhar comigo. Não é hábito comerem-nas por estes lados.

A ocorrência de muitas tempestades têm, ao longo dos séculos, arrastado navios para terra, transformado-os em esqueletos semi-enterrados na areia, daí o nome de Costa dos Esqueletos.

Seguimos ao longo da costa, que bom este cheiro a mar, que falta que faz a um ilhéu este roído das ondas, esta aragem, este cheiro intenso a maresia.

Image hosted by Photobucket.com

Mais a sul, o Cabo da Cruz, com uma colónia de milhares de focas e as suas crias, recém-nascidas ou prestes a nascer. O cheiro é nauseabundo mas as pessoas não conseguem arredar pé atraídas pela ar simpático e bonacheirão destes leões marinhos.

Image hosted by Photobucket.com

O Cabo da Cruz é o local onde os europeus chegaram pela primeira vez à Namíbia – Diogo Cão, navegador português, em 1485. Ali colocaram um padrão com 2 m de altura e 360 kg de peso, em honra do rei D. João II com a inscrição: “Cabo da Cruz. Na era da criação do mundo de 6685 e de Cristo de 1485 o excelente e esclarecido Rei Dom João II de Portugal mandou descobrir esta terra e colocar este padrão por Diogo Cão, cavaleiro de sua casa.”

Image hosted by Photobucket.com

Continuamos em direcção ao sul, junto ao mar. Em breve chegaremos a Swakopmund, o mais popular destino de férias dos Namibianos e Sul-africanos, com um clima ameno e excelentes praias, mas sem que antes não deixemos de apreciar os flamingos e andemos a na prospecção de pedrinhas semi-preciosas, autênticos garimpeiros das praias da Namíbia.

Image hosted by Photobucket.com

Chegamos à cidade, distribuem-nos por chalés de 5 camas cada e pela primeira vez em 6 dias vamos dormir numa cama e jantar num restaurante.

Sem comentários: