4.8.04

La donna delle Azzorre

"La donna delle Azzorre" - A Senhora dos Açores - da italiana Romana Petri, obra editada em Portugal pela Cavalo de Ferro, localiza a sua trama na ilha do Pico, e será certamente uma excelente leitura de Verão. O Pico está lá todo em toda a sua grandeza de lava, gentes, espaço e cheiros.

Romana Petri esteve recentemente nos Açores e falou da sua escrita. Os livros surgem-lhe como uma urgência, da necessidade imediata de os escrever, pelo que não se força a fazê-lo. Assim surgiu A Senhora dos Açores no decurso de uma viagem à ilha do Pico onde se tinha deslocado para, num local calmo, tentar adiantar um romance que tinha entre mãos há cerca de 3 anos. A urgência de escrever esta história fê-la interromper o romance e em poucas semanas surgiu a obra que veio a ser premiada pela crítica italiana com o Prémio Grinzane Cavour para a narrativa italiana, em 2002.

Segundo a autora, uma das características da sua obra é a musicalidade. Ela tenta criar frases musicais e escreve um livro com a intenção da frase poder ser cantada. Tal característica poderá dever-se ao facto de o pai ter sido um cantor lírico e desde muito nova ouvir música, principalmente melodrama, e isso marcou-a ao ponto de tentar sempre cantar as frases dos seus textos.


"Una donna italiana, umbra e insegnante di francese, approda sull’Isola di Pico, nelle Azzorre. Il suo soggiorno è una lenta progressione dello smarrimento dell’anima, dell’alienazione dalla realtà esterna. Abbandonandosi alle suggestioni di un paesaggio straordinario ed esotico e di un popolo a lei estraneo, la protagonista si perde, distaccandosi dai canoni della civiltà occidentale. Vive in uno stato quasi allucinato che trova complicità nell’infinità del mare, nella vegetazione triste e selvaggia dell’Isola. La sofferenza dell’anima sembra quasi proiettarsi e trasfigurarsi sia nell’ampiezza del paesaggio, sia nel vibrante dettaglio dei fiori e dei sassi. Isola e anima diventano un’unica cosa, luogo geografico e metafora esistenziale allo stesso tempo. Realtà e fantasia si compenetrano e l’anima della scrittrice (e quindi la scrittura stessa) passa da esplosioni di felicità iridescente a un vuoto cupo e senza soluzione. Ma una soluzione c’è, come una trama e per quanto suggestivo e fuorviante, questo romanzo approda a una conclusione netta, che non lascia spazio a interpretazioni.
"La donna delle Azzorre (Piemme editore) è l’opera di un’autrice, italiana, Romana Petri, fra le più stimate. E che meglio riesce a rendere sulla pagina gli aspetti più ambigui dell’animo umano. Una lettura che ci distacca dalla quotidianità per trasportarci su altre terre, su altri stati d’animo."


Alberto Grandi

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